Luta dos trabalhadores da Energisa MT é para manter e ampliar as conquistas.

Na assembleia geral realizada na manhã desta 4ª feira (31/8), em frente ao Edifício João Dias, os trabalhadores da Energisa MT discutiram e aprovaram as cláusulas para a Pauta de Reivindicação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2016/2017, que será negociado entre o STIU/MT e a empresa. Para elaboração da Pauta de Negociação, O STIU/MT realizou ampla consulta à categoria, e na assembleia geral foram apresentadas e discutidas todas as sugestões encaminhadas pelos trabalhadores. No final da assembleia geral os trabalhadores aprovaram as propostas que serão encaminhadas à Energisa MT, contendo as cláusulas novas e mantendo aqueles direitos que os trabalhadores entendem que não precisam ser alterados.

Na abertura o presidente do STIU/MT, Dillon Caporossi, explicou que quem discute e aprova a inclusão das sugestões enviadas pelos trabalhadores na Pauta de Reivindicação é a assembleia geral. Inclusive, como uma prova do respeito da diretoria do STIU/MT aos trabalhadores, todas as sugestões recebidas são submetidas à assembleia geral, e, sem exceção, foram publicadas no site oficial do Sindicato.

Presidente do STIU MT, Dillon Caporossi, explicou, ponto a ponto, as propostas para a Pauta de Reivindicação

PRINCIPAIS PONTOS

Na opinião do presidente do STIU/MT, Dillon Caporossi, o ponto central em relação ao ACT 2016/2017, será a discussão em torno dos pontos levantados pelo Sindicato na carta STIU/PR/073/2016, que trata sobre a precarização das condições de trabalho na empresa e a consequente deterioração dos serviços prestados ao consumidor de energia. O presidente do STIU/MT registrou, na assembleia geral, que os trabalhadores denunciaram, que o Sistema de Informática do Centro de Operação Integrado da Distribuição (COID), deixou de funcionar desde o dia de ontem (30/8), às 20 horas, normalizando somente no dia de hoje (31/8) às 4 horas. Essa falha grave prejudicou  milhares de consumidores, comprometendo todos os indicadores de qualidade de serviço

A precariedade do atendimento do Plano Odontológico foi um dos pontos que mais recebeu críticas e sugestões dos trabalhadores, na consulta feita pelo STIU/MT, devido à má qualidade do atendimento. Em função disso a assembleia geral decidiu que a Energisa MT será cobrada a tomar providências para garantir que os trabalhadores recebam um atendimento de qualidade.

Em relação aos salários também houve muitas reclamações de que estão defasados e que os funcionários antigos recebem remuneração igual à daqueles que ingressaram na empresa recentemente. Essa é uma questão que deve ser objeto de análise mais profunda na discussão do Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS), que a empresa assumiu o compromisso de elaborar um estudo, mas até o momento nada apresentou, apesar da cobrança do Sindicato, e que será novamente cobrado pelo STIU/MT na negociação do ACT 2016/2017. Apesar da reposição de 100% do INPC para a próxima Data Base já ter sido aprovada no Termo Aditivo ao ACT 2014/2016, os trabalhadores novamente reforçaram a cláusula, cobrando a garantia da reposição integral da perda causada pela inflação.

Também existiu expressivo número de reclamações relacionadas ao atendimento prestado pela Unimed. Dillon Caporossi lembrou que o valor do contrato rende milhões de reais de faturamento, e a Unimed tem o dever de oferecer atendimento de qualidade, o que deve ser cobrado pela Energisa MT. Nesse sentido o Sindicato cobrará que a direção da Energisa MT exija da Unimed atendimento de qualidade aos trabalhadores da empresa.

Mobilização garante a força da categoria

MANTER E AMPLIAR CONQUISTAS

Foram aprovadas, ainda, as seguintes propostas de cláusulas: estender o auxílio creche para os homens, duas salas de descanso, sendo uma no portão 8 e outra para mulheres no Barro Duro, a empresa entregar o holerite antes de creditar o salário na conta para que o trabalhador tenha controle sobre os valores que está recebendo, licença paternidade de 20 dias, ampliar e dar transparência na concessão da bolsa de estudos,  auxílio escola para crianças até 12 anos, cobrar que o recrutamento interno seja realizado com transparência e obedecendo o mérito do trabalhador como critério básico, auxílio combustível para quem não utiliza transporte coletivo até o valor do vale transporte fornecido pela empresa, adicional de 30% de penosidade para quem trabalha em escala de turno de ininterrupto de revezamento de 24 horas, de maneiras a permitir a troca de até oito turnos no mês, independente da dobra.

Trabalhadores participaram maciçamente, fazendo sugestões para a Pauta de Reivindicação