Os trabalhadores da Energisa Mato Grosso, reunidos na assembleia geral realizada na manhã desta terça-feira, em frente ao Edifício João Dias, aprovaram por unanimidade o Acordo Coletivo de Trabalho 2016/2018, mantendo todas as conquistas históricas da categoria.

Trabalhadores aprovam por unanimidade proprosta

Trabalhadores aprovam por unanimidade proprosta

TENTATIVA DE RETROCESSO

Durante as negociações, a Energisa pretendia reduzir o valor da hora extra, de 100% para 60%, e posteriormente, para 80%, parcelar a reposição salarial em duas vezes, sendo nos meses de outubro/2016 e março/2017, com perdas financeiras (sem pagar o retroativo). Queria ainda reajustar os salários dos gerentes e coordenadores com percentual inferior ao INPC acumulado no período de novembro/2015 a setembro/2016 e criar um banco de horas que permitisse a compensação das horas extras trabalhadas, num prazo de 90 dias e, como compensação, propôs pagar um vale alimentação extra no Natal.

O Sindicato discordou firmemente da posição da empresa, defendendo que, as negociações entre empresa e trabalhadores devem avançar para garantir a melhoria da vida das pessoas que dedicam sua força de trabalho, e não retroceder diante do que já foi conquistado, criando a possibilidade de uma mudança insuportável na jornada de trabalho. O Sindicato defendeu ainda que todas as nossas conquistas foram feitas com muita coragem e luta, e que nunca precisamos subtrair algo de quem quer que seja, inclusive gerentes, para assegurar uma vida melhor para os trabalhadores.

POSICIONAMENTO DO SINDICATO GARANTE RESPEITO

Depois de todas essas discussões, a Energisa apresentou uma proposta, garantindo a reposição integral (100%) da inflação para, indistintamente, todos os trabalhadores, a manutenção de todas as cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho e Termo Aditivo vigentes, bem como providências para resolver os problemas que envolvem o Plano Odontológico, em conjunto com o Sindicato. Com relação à Cláusula Primeira, que trata da precarização e deterioração da qualidade de serviços, a Energisa assumiu formalmente o compromisso  de posicionar-se à respeito dos problemas abordados na carta STIU/PR/073/2016, bem como criar comissão para tratar de assuntos decorrentes da relação de trabalho.

Além da aprovação do novo Acordo Coletivo de Trabalho, os trabalhadores decidiram pela intensificação da luta contra a terceirização, para corrigir graves problemas que afetam a qualidade dos serviços oferecidos à população e que ameaçam a saúde e segurança dos trabalhadores, destacando que a Energisa Mato Grosso paga quantias milionárias para as empresas terceirizadas, muito superiores àquilo que ela gasta com o trabalhador próprio.