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Na noite do dia 23 de janeiro foi realizada a solenidade de posse da Diretoria, Conselho Fiscal e Representantes junto à FNU.

Durante a solenidade, que contou com a presença de familiares e trabalhadores das empresas, o presidente Dillon Caporossi agradeceu a presença de todos e reafirmou o compromisso para manter e ampliar as conquistas de todos os trabalhadores, destacando a necessidade da luta para que os terceirizados tenham benefícios, tais como, plano de saúde, PPR, gratificação de férias, adicional para dirigir, entre outros, iguais aos trabalhadores da Cemat, já que exercem a mesma função. O presidente enfatizou que esta meta é perfeitamente viável, já que no mês de maio de 2012, por exemplo, a Cemat pagou para as empreiteiras pela prestação de serviço de mão de obra, a importância de R$8,5 milhões, sendo que neste mesmo mês a folha de pagamento dos empregados próprios da Cemat foi de R$6,5 milhões, conforme demonstrado no Tribunal Regional do Trabalho durante a greve de 2012.

Dillon afirmou que manter e ampliar as conquistas beneficia os trabalhadores, bem como a sociedade como um todo, seja o comércio e a indústria do Estado de Mato Grosso, dando como exemplo, o vale alimentação, cláusula do Acordo Coletivo de Trabalho, que só no ano de 2013 vai injetar na economia do Estado R$18,1 milhões. O mesmo acontece com as demais cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho, tais como, plano de saúde, retorno de férias, gratificação para dirigir, entre outras.

O presidente do sindicato afirmou que apoia as medidas de redução do preço da energia elétrica com a melhoria dos serviços prestados para a população, especialmente, em um estado como Mato Grosso que, devido as altas temperaturas, a pessoa que trabalha tem o direito de ao chegar a sua casa poder assistir um jornal e dormir com o ar-condicionado ligado. “Isto não se trata de luxo, mas sim de uma necessidade para o bem-estar do cidadão”, falou Dillon.

Ele prosseguiu dizendo que a redução do preço de energia elétrica não pode ser feito nas costas dos trabalhadores com a perda de direitos e a precarização das condições de trabalho através da terceirização, citou estudos feitos pela FIRJAN (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) em 2011, que demonstra que o custo de geração, transmissão e distribuição (sem imposto e encargos) no Brasil é superior às tarifas finais em países como, Estados Unidos, Canadá, entre outros. Nos Estados Unidos, o custo final da energia elétrica industrial é de 124.7 (R$/MW/h), enquanto no Brasil somente a geração, transmissão e distribuição (GTD) é de 165.5 (R$/MW/h). Dillon disse que o salário do trabalhador norte-americano é maior que o salário do trabalhador brasileiro. Ficando comprovado, desta forma, que o fator encarecedor da energia elétrica no Brasil não é o salário do trabalhador. Por essa razão, é necessária uma ampla mobilização e discussão da sociedade mato-grossense e brasileira sobre qual o modelo para o setor elétrico que garanta serviços de qualidade por um preço justo.

Finalizando o presidente citou trechos do hino nacional, “Verás que um filho teu não foge a luta (…)”, para reiterar o compromisso de manter e ampliar as conquistas dos trabalhadores, bem como para a definição de um modelo para o setor elétrico que beneficie a sociedade.