Após mobilização realizada pelo STIU/MT no Complexo Barro Duro contra o fornecimento de água salobra e quente para os trabalhadores, nesta 6ª feira (16/10) a direção da empresa comunicou ao Sindicato, que fará o corte do abastecimento da água do poço artesiano. A direção da Energisa-MT também comunicou que os bebedouros serão abastecidos por água mineral e pela rede de abastecimento da CAB, cuja água será tratada.

Para impedir o consumo de água salobra e quente, o STIU/MT mobilizou os trabalhadores, e estes decidiram que somente sairiam para trabalhar se dispusessem de água de qualidade para abastecer as garrafas térmicas.

A cobrança enérgica do STIU/MT, que contou com o apoio em massa dos trabalhadores, garantiu que a empresa respeitasse um direito básico, voltando a abastecer os bebedouros com água potável de qualidade.

Durante a Assembleia Geral realizada para tratar do problema, os trabalhadores denunciaram que durante muitos anos, nas proximidades do poço artesiano, a água era utilizada para lavar peças dos antigos geradores de energia, utilizando gasolina, querosene, e produtos químicos de alto poder de contaminação, nocivos à saúde, sendo necessária uma análise química apurada para levantar os riscos que o consumo pode trazer, tais como câncer e outras doenças.

Mais uma vez a luta dos trabalhadores comandada pelo STIU/MT conquistou resultado vitorioso, livrando os trabalhadores do incômodo de consumir água salobra e quente, além das ameaças à saúde. “Foi mais uma mobilização vitoriosa, demonstrando que nada substitui a luta”, concluiu Dillon Caporossi, presidente do STIU/MT.

CATRACAS

Após discussões sobre a qualidade da água, os presentes também trataram sobre os constrangimentos sofridos ao passarem pela catraca. De acordo com os trabalhadores, o direito de ir e vir está sendo desrespeitado pela Energisa Mato Grosso, uma vez que a Energisa-MT utiliza sistema digital de controle de frequência, e, ainda, utiliza a catraca como um obstáculo físico para manter o empregado confinado na empresa.

Os trabalhadores e a direção do STIU/MT respeitam o direito da Energisa controlar a frequência dos funcionários, o que não dá o direito de confinar o empregado em suas instalações. Por exemplo: num caso de emergência para atender algum problema de ordem familiar, caso não encontre um chefe ficará preso dentro da empresa sem poder dar assistência à família. Isto para não alongar citando outros exemplos…

Diante dessa situação a Assembleia Geral decidiu que o STIU/MT irá cobrar da Energisa para resolver administrativamente a questão, para eliminar o constrangimento imposto pelo sistema atual de catraca.

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Presidente do STIU-MT, Dillon Caporossi