Uma esmagadora maioria dos trabalhadores urbanitários votou para a escolha da direção do STIU/MT para os próximos três anos, mandato que será iniciado a partir de 24 de janeiro do próximo ano.

Na eleição realizada entre 26 e 29 de outubro, em Cuiabá e interior do Estado de 2215 trabalhadores sindicalizados, 1840 participaram (83,07%), sendo que 1804 votaram na Chapa 1 Firme na Luta, que corresponde a 98,04% dos eleitores que compareceram. Um total de 23 sindicalizados votaram em branco, 13 nulos e 375 abstenções. O comparecimento em massa, apesar de uma única chapa disputar o pleito, é o reconhecimento dos trabalhadores ao papel cumprido pelo STIU/MT nos 26 anos de lutas que resultaram em conquistas que a maioria absoluta das categorias profissionais não possui.

“Desde a antiga Cemat, foram 26 anos de lutas em que mantivemos a firmeza na defesa dos direitos e reivindicações dos trabalhadores como nosso único e principal compromisso, sem negociatas e traições, e nem aceitar a cangalha dos patrões em troca de benefícios para uma meia dúzia de dirigentes sindicais, conforme ocorria antes da atual direção assumir o STIU/MT”, resgatou Dillon Caporossi, presidente reeleito para os próximos três anos. “Antes de assumir a diretoria o STIU/MT era dirigido por gerentes, chefes de setor e serviçais da antiga Cemat. Hoje o sindicato é dirigido por uma diretoria que é independente e tem a autoridade moral para defender os trabalhadores de cabeça erguida sem nada temer, porque não tem culpa no cartório”, enfatizou Dillon.

INDEPENDÊNCIA E COMPROMISSO

A respeito do futuro Dillon Caporossi adiantou que “agirá com a mesma independência e compromisso de sempre, na negociação do Termo Aditivo ao ACT com a Energisa MT”. “Já passa da hora da empresa implantar um Plano de Cargos, Carreira e Salários que valorize os seus trabalhadores, além de avançar na melhoria do ACT, pois os números do balanço anual apontam crescimento cada vez maior do faturamento”, citou Dillon. “Neste ano a Energisa deve faturar 4 bilhões e meio, e gastar apenas 3,46% com o pagamento dos salários e benefícios do ACT, um valor abaixo do que merecem os trabalhadores, os maiores responsáveis pelo excelente desempenho financeiro da empresa”, apontou. “Os números por sí só mostram a discrepância e a necessidade de um reconhecimento maior ao desempenho dos trabalhadores”, concluiu.

EMPRESAS TERCEIRIZADAS

Nas empreiteiras a meta do STIU/MT será a luta pela igualdade de direitos que constam no ACT dos trabalhadores da Energisa MT. “Os eletricistas que atuam nas empresas terceirizadas realizam o mesmo trabalho e têm as mesmas responsabilidades que os trabalhadores da Energisa MT”, ressaltou Dillon. “É uma grande injustiça que trabalhadores que atuam numa mesma atividade-fim recebam salários e benefícios menores, pela imposição de uma inaceitável precarização nas relações de trabalho, e o STIU/MT não medirá esforços na luta pela igualdade de direitos”, afirmou Dillon.

ELETRONORTE

Na Eletronorte os trabalhadores realizaram várias greves para conseguirem a conquista de um Acordo Coletivo de Trabalho específico e Nacional, que garante o Plano de Saúde E-Vida, incluindo aposentados e dependentes, Participação nos Lucros e Resultados (PLR) mais justa, entre outras. As greves também garantiram que os trabalhadores da Eletronorte recebessem o Passivo Trabalhista “Curva Tamburello”, que corrigiu uma grande injustiça quando a empresa estornou da conta bancária dos trabalhadores os valores pagos correspondentes aos percentuais que tinham direito com a implantação da nova tabela salarial.

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Dillon Caporossi presidente reeleito

DSC02604 Comissão eleitoral faz abertura das urnas

DSC02612 Comissão no momento da apuração dos votos