Os trabalhadores da Energisa MT, reunidos em Assembleia Geral realizada na manhã de 5/11, nas cidades de Cuiabá, Rondonópolis, Barra do Garças, Confresa, Sinop, Cáceres e transmitida em tempo real por meio de redes sociais, rejeitaram a proposta da Energisa MT, apresentada na reunião por vídeo conferência, realizada no dia 19/10, ficando assim mantida a Pauta de Reivindicação apresentada a essa Empresa no dia 04/09.

Foi divulgada na Assembleia Geral áudio da reunião ocorrida no dia 09/10, no DECP (Barro Duro), onde o supervisor afirmou categoricamente aos trabalhadores que “o valor do PPR vai ser pago integral e corrigido (…) o valor vai ser R$ 5.047, corrigido”, e, desta forma, a Assembleia Geral aprovou o valor de R$ 5.047, devidamente corrigido, para o PPR de 2020.

A Pauta de Reivindicação dos trabalhadores foi protocolada na Energisa MT no dia 4/09 e a 1ª Reunião ocorreu somente no dia 19/10, ou seja, 45 dias depois do protocolo. Não bastasse isso, a Energisa apresentou propostas para acabar com direitos já conquistados pelos trabalhadores. A proposta da Energisa MT pretende acabar com a Hora-Extra 100%, criar o Banco de Horas para compensar em até 1 ano as horas extras realizadas, e, ainda, diminuir o valor da Hora-Extra de 100% para 50%. A proposta da Empresa pretende acabar com: a comissão paritária, para elaboração do PPR; diminuir a vigência do Acordo Coletivo de Trabalho para 1 ano; reduzir o número de representantes sindicais e acabar com a estabilidade durante o exercício do mandato.

Diante de todos ataques contidos na proposta da Empresa, os trabalhadores, por unanimidade, rejeitaram a referida proposta, ficando mantida a Pauta de Reivindicação dos trabalhadores apresentada para a Energisa MT, no dia 4/09. A Assembleia Geral decidiu pela deflagração de Greve por tempo indeterminado, a partir do dia 18/11/2020, caso a empresa não apresente uma proposta respeitosa para celebração do Acordo Coletivo de Trabalho e para o Programa de Participação dos Resultados 2020.

O STIU/MT protocolou no Ministério Público do Trabalho de Mato Grosso denúncia contra Energisa MT por prática antissindical. O áudio abaixo comprova que coordenador e supervisor do setor do DECP reuniram com os trabalhadores no dia 9 de setembro, véspera da Assembleia Geral realizada no dia 10/9, sobre o pretexto de realizar o DDS (Diálogo Diário de Segurança), mas na verdade o motivo da reunião era pressionar os trabalhadores para não participarem da Assembleia Geral. Nessa reunião, o coordenador e o supervisor usaram vários argumentos falaciosos, tais como: que o ACT prevê o tempo máximo de 2 horas de duração das Assembleias Gerais Extraordinárias, que o valor de R$ 5.047,00 será pago integral no mês de maio do ano que vem, tentando ludibriar os empregados de que não é necessário o atingimento das metas para obter o valor integral do programa, entre outras irregularidades cometidas. Ouça o áudio da reunião e leia a denúncia.