Reunidos em Assembleia Geral em Cuiabá, Rondonópolis, Barra do Garças, Cáceres, Sinop e Confresa, os Urbanitários da Energisa MT deliberaram pela realização de greve a partir de 16 de dezembro próximo, se a Empresa não avançar na negociação do Termo Aditivo ao Acordo Coletivo de Trabalho, afora a exigência para que sejam revogadas as determinações que expõem os trabalhadores ao risco de morte por descarga elétrica da linha de alta tensão, devido à falta de segurança no exercício de suas funções.

Na Assembleia Geral o presidente do STIU/MT, Dillon Caporossi, manifestou que não houve uma única reunião na qual a Energisa MT tenha se mostrado aberta a aceitar as propostas dos trabalhadores, ou a melhorar as más condições de trabalho. Igualmente, foi denunciado que não está sendo fornecido jantar para os trabalhadores do Pólo de Cuiabá e Chapada dos Guimarães. “Esse é o patrão Energisa MT”, enfatizou Dillon Caporossi.

Os trabalhadores reivindicam a manutenção de todos os benefícios do Acordo Coletivo de Trabalho 2018/2020, 100% de reposição do INPC para corrigir a perda salarial e reajustar as demais cláusulas econômicas. Dillon informou que na mesa de negociação os dirigentes do STIU/MT também propuseram a unificação do Vale Mercado e Vale Alimentação, mediante o pagamento do valor de R$ 1.650,00. Porém, a proposta foi recusada pela empresa.

Acerca dos acidentes graves, que vêm causando sequelas e mortes, devido à falta de limpeza nas faixas de servidão e inexistência da manutenção preventiva nas linhas de distribuição, os trabalhadores se posicionaram cobrando medidas que garantam segurança da integridade física e das suas vidas.

Acidentes com mortes e lesões graves ocorridas recentemente e denunciadas pelo STIU/MT mostram que os trabalhadores têm total razão de não aceitar trabalhar sem a garantia de condições mínimas de segurança. Tanto que a Assembleia Geral deliberou que é inaceitável a Energisa MT tentar obrigar os trabalhadores a instalar transformadores, de até 45KVA, manualmente sem auxílio de caminhão munck, pois o risco de acidentes com morte é tão provável, que na última terça-feira (3/12), um eletricista da Energisa Rondônia sofreu acidente fatal, vítima de descarga elétrica no momento que operava fazendo a troca de um transformador utilizando moitão.