Sindicato cobra da Energisa MT providências por falta de segurança aos trabalhadores

 

Na tarde desta sexta-feira 02 de março de 2018, o STIU/MT protocolou na Energisa MT, a Carta STIU/PR/029/2018 (ver carta no link clicando ao lado) cobrando providências da Empresa quanto às ameaças e agressões físicas e morais que os trabalhadores vêem sofrendo nos polos e agências. Confira na íntegra a carta logo abaixo, ou clique no link para visualizar a carta.

Cuiabá-MT, 01 de março de 2018.

STIU/PR/029/2018

 

Ao
Ilmo Sr.
Riberto José Barbanera
Diretor Presidente
Energisa Mato Grosso S.A.
Nesta

 

Senhor Diretor,

 

Esta entidade sindical, vem há muito denunciando problemas de falta de segurança nos postos de trabalho da Energisa Mato Grosso, o que resta provado através das cartas STIU/PR/069/2015, STIU/PR/202/2015 e STIU/PR/073/2016, protocoladas respectivamente em 27/04/2015, 04/12/2015 e 03/05/2016.

 

Nas mencionadas cartas o STIU/MT denuncia agressões físicas e morais que os empregados da Energisa/MT vêm sofrendo, em razão da ineficiência da prestação de serviço, e cobra providências dessa empresa, de ordem operacional e de segurança, para solução dos problemas.

 

Impende ressaltar, que em todos os polos e agências dessa empresa, tanto de Cuiabá como do interior do estado, os empregados ficam expostos a situações de perigo, posto que não há, em seus locais de trabalho, segurança especializada capaz de controlar o acesso dos consumidores aos empregados da empresa.

 

Assim, em razão da falta de contingente suficiente, para uma prestação de serviço eficiente, muitas ordens de serviço não são cumpridas dentro do prazo, entre outros problemas dessa espécie, o que causa a revolta do consumidor, levando-os a cometer as mais improváveis condutas, com o intuito de ver seu problema solucionado.

 

A exemplo disso temos que, os trabalhadores do Polo Coxipó denunciaram que no último sábado, dia 24/02 às 10:00 horas, um cliente armado teve acesso direto às equipes presentes e os ameaçou, requerendo o imediato atendimento ao  seu Pedido de Religa, haja vista que o prazo dado pela Energisa/MT já havia vencido a mais de 24 horas.

 

Os trabalhadores informaram, ainda, que:

  • O número de Equipes de Corte é superior ao número de Equipes de Religa;
  • Que os trabalhadores demitidos não foram substituídos;
  • Que algumas equipes foram emprestadas para o DEC, causando mais atrasos no atendimento das O.S. vencidas;

 

Com isso, tem-se que consumidores revoltados com o atraso no atendimento estão tendo acesso direto ao Polo, onde os trabalhadores estão sendo submetidos a riscos de morte, posto que a empresa não oferece nenhuma segurança no local de trabalho.

 

Inclusive, os Dirigentes Sindicais flagraram dois consumidores saindo de dentro do barracão, no Polo Coxipó, que haviam feito um pedido de ligação nova e que o prazo de 05 dias já havia vencido, porém sem o cumprimento da ordem.

 

Os Dirigentes indagaram sobre esse acesso do consumidor diretamente no barracão e foram informados que o consumidor tem uma facilidade muito grande de achar o endereço de localização através do Google, onde, inclusive, informa que o Polo fica aberto 24 horas.

Facilidade esta também encontrada nos demais polos, como, por exemplo, o Complexo Barro Duro, que contando com 10 (dez) portarias, apenas duas são assistidas por segurança direta, ao passo que as demais portarias são monitoradas apenas por vídeo, o que deixa o acesso ao local suscetível a qualquer pessoa, sem qualquer critério de segurança.

 

E, mais, situação idêntica a narrada acima também ocorreu no Polo de Várzea Grande, em que um consumidor armado adentrou nas dependências da empresa e ameaçou uma equipe para que atendesse a sua solicitação de religa, posto que já havia esgotado o prazo para cumprimento da mesma.

 

Desta feita, inconteste a necessidade contratação de seguranças para as portarias dos postos de trabalho, para que haja um controle e filtro quanto ao acesso dos consumidores aos empregados da empresa.

 

Diante do exposto, solicitamos da Energisa Mato Grosso providência imediata, quanto ao oferecimento de condições de trabalho seguras aos seus empregados.

 

Ficando Vossa Senhoria, desde já, notificada quanto a responsabilização perante quaisquer fatos que venham a ameaçar a integridade física e moral dos trabalhadores pela falta de segurança nos locais de trabalho.

 

Atenciosamente,

 

DILLON CAPOROSSI

Diretor-Presidente