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A expressiva mobilização dos trabalhadores, na Assembleia Geral em frente ao Edifício João Dias, realizada na manhã desta 6ª feira (20/5), foi mais uma demonstração de força na luta em defesa das conquistas e direitos da categoria, da mesma forma que reafirmou o compromisso dos Urbanitários com a melhoria da qualidade dos serviços à população consumidora de Mato Grosso.

Na abertura da Assembleia Geral o presidente do STIU/MT, Dillon Caporossi, ressaltou que “tudo foi conquistado com luta. Nunca a empresa teve o compromisso em oferecer melhorias e benefícios aos trabalhadores”, referindo-se às conquistas do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), que garante importantes benefícios aos trabalhadores da Energisa MT.  Dillon lembrou que quando a atual direção assumiu o STIU/MT, o Sindicato era dirigido por pessoas ligadas à empresa “mas hoje a entidade representa a luta e a força dos Urbanitários, como demonstra esta Assembleia Geral, na qual os trabalhadores atestam a disposição de luta da categoria”,  enfatizou.

Dillon também resgatou que “devido aos problemas que todos os dias pipocavam na Energisa MT, afetando negativamente os trabalhadores, o Sindicato fez ampla consulta aos trabalhadores, que resultou na elaboração de um documento de sete páginas enviado à empresa”. A respeito do documento o presidente do STIU/MT informou que estava marcada reunião com a gerente de Gestão de Pessoas e Segurança do Trabalho da Energisa MT, Glaucia Vieira Ludwing, que deveria ter acontecido na última 5ª feira (19/5), entretanto o compromisso foi cancelado, devido a problemas particulares da gerente. Assim sendo, a reunião acontecerá na próxima semana, para que a direção da Energisa MT oficialize a resposta ao documento elaborado, com base na consulta aos trabalhadores, realizada pelo STIU/MT e encaminhado à empresa, PPR 2015 e PPR 2016.

ARRECADAÇÃO 5,8 BILHÕES E GASTO 2,6% COM PESSOAL

“Como uma empresa que faturou R$ 5,8 bilhões conseguiu zerar seis indicadores do PPR/2015”, questionou Dillon, apontando que “os trabalhadores têm reiterado o compromisso em buscar a verdade, que é identificar as verdadeiras causas do resultado desastroso na administração da Energisa MT”. O presidente do STIU/MT destacou, ainda, que a “discussão do PPR/2015, PPR/2016 e do próximo Acordo Coletivo, está alicerçada na apuração das causas dos problemas denunciados pelos trabalhadores no documento enviado à empresa”.

Dillon denunciou que o custo com as despesas ocasionadas pelo pagamento de pessoal não influenciam nos preços elevados das tarifas, que está transformando a energia elétrica numa espécie de artigo de luxo, que onera em muito a vida da população consumidora, em especial aquela parcela de menor renda, além de inviabilizar as atividades das empresas em Mato Grosso. Exemplificando, o presidente do STIU/MT citou que em 2015 a Energisa MT gastou R$ 155 milhões com custeio dos trabalhadores, incluindo salários e todos os benefícios do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) e Redeprev, sendo que arrecadou R$ 5,762 bilhões, de acordo com os dados oficiais da empresa, divulgados no Balanço anual. “O custo com os trabalhadores não é a causa do preço elevado da tarifa, pois o gasto com pessoal é de apenas 2,68% do total da arrecadação da Energisa MT”, citou Dillon.

DELIBERAÇÕES DA ASSEMBLEIA GERAL

Ao final das discussões os trabalhadores deliberaram que será realizada uma nova Assembleia Geral no dia 2 de junho, em frente ao Edifício João Dias, para discutir a resposta da Energisa MT em relação ao PPR/2015, PPR/2016, e sobre o documento enviado pelo Sindicato, oficializando o posicionamento dos trabalhadores, a respeito dos problemas existentes na empresa.

Os trabalhadores decidiram, ainda, que o STIU/MT deve encaminhar o citado documento para a Aneel, Bolsa de Valores, instituições financeiras, tais como FI-FGTS, BNDES, entre outras instituições, assim como à empresa  Delloite Touche Tohmatsu, que auditou o Balanço de 2015.

Também ficou decidido que se houver qualquer retaliação contra a categoria, os trabalhadores se reunirão em Assembleia Geral para discutir a paralisação da empresa, além da aprovação de Assembleia permanente.